terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sala de Música Especial / Rádio MEC

Dia 19 / Dezembro

BARROSINHO - Balada Crística (Barrosinho)
ZÉ PAULO BECKER - Fato Consumado (Djavan)
ELIANE SALEK - Os Boêmios (Anacleto de Medeiros)
BETO SAROLDI - Noites com Sol (Flavio Venturini e Ronaldo Bastos)
JOÃO GASPAR - Sereno (João Gaspar)
COMPANHIA ESTADUAL DE JAZZ - Coração Vagabundo (Caetano Veloso)
DURVAL FERREIRA e MAURÍCIO EINHORN - Um Abraço em Charlie Parker (Durval Ferreira e Maurício Einhorn)
CHORO NA FEIRA - Dois Irmãos (Franklin da Flauta e Luiz Claudio Ramos)
BRUCE HENRI - Canção do Amor (Villa-Lobos)

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Dia 26 - Especial Toninho Horta

TONINHO HORTA - Dona Olímpia / Toninho Horta - Ronaldo Bastos
TONINHO HORTA / Viver de Amor / Toninho Horta - Ronaldo Bastos
RAUL DE SOUZA / Aquelas coisas todas / Toninho Horta
TONINHO HORTA / Viva Dominguinhos / Toninho Horta
TONINHO HORTA / Pedra da Lua / Toninho Horta - Cacaso
ANDRÉ MEHMARI / Durango Kid / Toninho Horta - Fernando Brant
LUIZ AVELLAR / Bons Amigos / Toninho Horta - Ronaldo Bastos
TAMBA TRIO - TONINHO HORTA / Sanguessuga / Toninho HOrta - Fernando Brant
RILDO HORA - Beijo Partido / Toninho Horta

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sala de Música Especial / Rádio MEC

28 nov / 1º dez / 10

Violões da UFRJ

Fábio Neves - André Trindade - Marcio Camacho
Fabrício Eyler - Tuninho Duarte - Cyro Delvizio
Fábio Lima - Ramon Araújo - Marcos Melo - Vinícius Perez
Coord. e dir. musical - Bartholomeu Wiese

Participações: Túlio Gomes e Ivan Paparguerius
Diego Zangado - percussão



*** Este programa é retransmitido pela Rádio MEC-AM aos domingos, às 16 horas.
Ouça-o, se preferir, pelo site www.radiomec.com.br

Choro na Barca

Prezados amigos de Paquetá
Domingo, 28 de novembro de 2010:

Regional Urubatã
Maria Souto, flauta; Marcelo Cebukin, saxofone; Gabriel Leite, pandeiro;
Leonardo Pereira, cavaquinho; João Gabriel Souto, violão.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Por que? (jrm)

Por que choras,
se pego tuas lágrimas
e as espalho em meu peito;
se sinto tua dor,
se alivio a tua dor?

Por que sofres,
se pego tua angústia
e a entrego a minha alma,
e me entristeço,
e te livro da tristeza?

Por que finges,
se pego tuas fantasias,
todas bordadas de verdades,
e as escancaro no meu caminho,
decididamente sem volta?

Por que o adeus,
se sinto tua falta
em cada pedaço do meu corpo;
se me perco na saudade
do meu coração dilacerado?

Sei que me amas.
Me apodero de cada sílaba
do teu desejo indefesso,
e cravo no meu peito agônico.
Aí então desfaleço.

Sala de Música Especial / Rádio MEC

21 -24 / nov / 10

CHOROS AMOROSOS

Andrea Ernest - flauta
Bernardo Aguiar -percussão
Cristóvão Bastos - piano
João Lyra - violão



*** Este programa é retransmitido pela Rádio MEC-AM aos domingos, às 16 horas.
Ouça-o, se preferir, pelo site www.radiomec.com.br

Alma e corpo (JRM)

Ela, majestosa, vasta, pronta
para recebê-lo, entendê-lo e
afagar o que dele resta.

Ele, pensando-se sobranceiro,
pronto, mas apenas um tonto,
um tonto imaginante.

Ela, ciente de todos os ais desta vida,
das feridas para sempre semiabertas,
a disfarçar temores, recalques, saudades,
era apascente com os frágeis.

Ele, solerte consigo mesmo.
Ela, ela mesma.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Trio Três

Sábado, dia 18, às 17:30
Casa de Artes Paquetá
Praia de São Roque

Música Popular Brasileira de Câmara.Desde 2008 o grupo se apresenta em diversas casas de show e salas de concerto do Brasiltocando músicas próprias, choros e sambas de grandes compositores brasileiros. Recebeu o primeiro prêmio no concurso Tápias 2009 e na etapa estadual do Furnas Geração Musical 2008.

Francisco Pellegrini (piano)
Começou os estudos de Piano aos 8 anos de idade. Estudou com Leandro Braga, Marcos Nimrichter e Cristóvão Bastos. Foi aluno também da Escola Portátil de Choro. Atualmente Cursa composição na UNIRIO e estuda piano erudito com professor Marcelo de Alvarenga. Atua como pianista acompanhador e solista, realizando vários recitais. Faz parte de diversos grupos de música popular tocando piano e acordeon.

Lise Bastos (contrabaixo)
Iniciou seus estudos de contrabaixo em 2004. Cursa Graduação em Contrabaixo Acústico na UNIRIO, sob orientação do Professor Antonio Arzolla. Participou de diversos festivais de Música Erudita, aonde teve contato com importantes nomes do instrumento, como Sandrino Santoro, Catalin Rotaru, Miloslav Gajdos . Atua como solista, realizando recitais e toca na Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem.

Lourenço Vasconcellos (bateria e vibrafone)
Nascido em uma família musical, começou a estudar bateria com 9 anos de idade em Brasília. Desde 2006 mora no Rio de Janeiro. Estuda Composição na UFRJ. Integrante dos grupos Quinteto Sivuca , Dani Spielmann Trio, OSB Jovem e “Orquestra de Sopros da Pró-arte”, também atua frequentemente no cenário erudito com participações nas principais orquestras do Rio de Janeiro. Estudou bateria com Márcio Bahia e Oscar Bolão, e percussão erudita com Ana Letícia Barros.


Apoio:Confraria de Paquetá

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sala de Música / Especial Aniversariantes / Rádio MEC (FM-AM)

05 - 08 / set / 2010 . .


Orquestra Colbaz / Branca / ZEQUINHA DE ABREU
Baden Powell / " / " " "
Luiz Avellar / É / LUIZ GONZAGA JUNIOR
Mauro Senise / Tuas mãos / FRANCISCO MIGNONE
David Ganc / Fica mal com Deus / GEREALDO VANDRÉ
Nonato Luís / Mulher / Custódio Mesquita - SADI CABRAL
ZÉ MENEZES / Gafieira carioca nº2 / ZÉ MENEZES
DOM SALVADOR / Unificação / DOM SALVADOR
Grupo Nosso Choro / Divagando / DILERMANDO REIS
MARCOS VALLE / Esperando o Messias / MARCOS VALLE - Paulo Sérgio Valle
Vitor Lopes / Tico-tico no fubá / ZEQUINHA DE ABREU




*** Este programa é retransmitido pela Rádio MEC-AM aos domingos, às 16 horas.
Ouça-o, se preferir, pelo site www.radiomec.com.br

Delírios (2) - jrm

te espero nos vãos da angústia
te busco onde não estiveres
pra ter certeza de tua ausência.
insano.

te deliro sem pudores
me farto com teus suores
sem nexo, me inconformo.
febril.

te excomungo nos missais
te esconjuro beatamente
e te louvo contrito.
demente.

te gosto nos cheiros
te gasto nos gritos
te galgo em pelo.
amante.

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MIS-Campinas pede socorro

Luiz Antonio de Almeida *

Recentemente, uma amiga do orkut, Cláudia Beraldo, enviou e-mail pedindo que eu votasse contra a mudança do Museu da Imagem e do Som de Campinas, de sua sede no Palácio dos Azulejos para sabe-se lá onde... Parece que o poder público quer transformar o prédio histórico numa espécie de sala de recepção, ou coisa que o valha. A intenção, obviamente, se justifica: o edifício é deslumbrante. Prefeitura de qualquer cidade teria orgulho em possuir um salão nobre ou sala de recepção num palácio desses. Contudo, dizer que o MIS-Campinas, para justificar o “despejo”, não atrai público suficiente, é uma tremenda injustiça. Museu não é estádio de futebol. Cultura poderia até ser produto de “massa”, mas não é. Cultura é algo a ser trabalhado, de resultados demorados, porém permanentes. Vejamos o Louvre. Milhares de pessoas visitam esse museu diariamente. E isso não se alcançou em 10 ou 20 anos, mas, sim, depois de 200 anos dedicados a transformá-lo no que ele é. O governo francês, desde os tempos de Napoleão, entendeu que a instituição seria exatamente a resposta ao mundo, à posteridade, à civilização ocidental, da importância que a França representava. E Campinas?

Daqui do Rio de Janeiro, só ouço falar de Campinas quando o assunto está relacionado à Unicamp ou às duplas “Chitãozinho e Xororó” e “Sandy e Júnior”, ilustres residentes da cidade. E é só. Campinas, em termos de projeção junto à cultura nacional, poderia ter papel altamente significativo. Não tem. E uma prova de que tal situação possivelmente se perpetuará é o fato de um museu importantíssimo como o MIS-Campinas, de uma hora para outra, ser ameaçado pelo próprio poder público! Ao invés de se “pensar” o MIS, procurar entender suas dificuldades, carências... Não, o negócio é “remover”. Pra quê um prédio tão bonito abrigando tanta “velharia”?... Quer coisa mais absurda que no Estado de São Paulo, em pleno ano de 2010, uma prefeitura compreenda a cultura de sua cidade dessa maneira? É certo que o palácio transformado em sala de visitas do prefeito receberá as melhorias de que tanto precisa. Mas não é assim que a coisa deve funcionar. Isso é uma covardia com o pessoal do museu, com a memória de Campinas. Ou seja: para abrigo de futuros regabofes entre correligionários e palco das vaidades do alcáide falastrão, certamente o dinheiro aparecerá, o prédio será restaurado. Mas para a preservação do patrimônio histórico da cidade, nada.

Sabemos que Carlos Gomes, o maior nome da música erudita brasileira, no século XIX, nasceu em Campinas. E daí? O que Campinas tem feito pela memória de Carlos Gomes, hoje? Onde estão, por exemplo, a “Medalha Carlos Gomes”, o “Festival Carlos Gomes”, o “Prêmio Carlos Gomes”?... Não estão em lugar nenhum! Simplesmente, não existem!... Fico pensando em Gramado (RS), com seu festival de cinema, Parati (RJ), com a Flip, sua feira literária, eventos de projeção internacional. Mas isso dá trabalho, não se faz de um dia para o outro, de uma gestão administrativa para outra... Há, ainda, o exemplo de Santa Rita do Passa Quatro, no interior de São Paulo, que aproveitou uma estação de trem desativada e a transformou num museu com o nome de Zequinha de Abreu, compositor nascido na cidade e autor do famosíssimo chorinho “Tico-tico no fubá”. Esse museu é uma das pérolas de Santa Rita.

Em 1926, nos primeiros dias de julho, o compositor Ernesto Nazareth, em turnê por algumas cidades de São Paulo, chegou a Campinas, ali se apresentando no Club Campineiro (por duas vezes), no Club Semanal de Cultura Artística e no Centro de Sciencias, Letras e Artes, perfazendo, portanto, um total de quatro recitais públicos. Quanto às audições particulares, certamente foram em bom número, pois só retornou à capital paulista entre 19 e 22 de agosto, levando, consigo, além das melhores impressões, dois pequenos álbuns com dez primorosos cartões-postais em cada, retratando o Largo Carlos Gomes e coreto, a Praça José Bonifácio, a Escola Normal, a Rua da Conceição, Monumento Ruy Barbosa, Rua Andrade Neves, 4º Grupo Escolar, a Catedral, o Clube Campineiro, a Rua Barão de Jaguará, a estátua de Carlos Gomes, a Rua Treze de Maio e a Igreja Matriz da Santa Cruz.

Três recordações de Ernesto Nazareth, datadas de 1926:
programa, fotografia tirada por Valério Vieira (SP) e convite. (02)

Ernesto Nazareth dedicou a dois amigos de Campinas, o dentista Numa Corrêa de Carvalho e sua esposa Effe, uma de suas obras primas, o “Nocturno nº 1”.
A terra que testemunhou o francês Hércules Florence realizando as experiências que projetariam seu nome entre os pioneiros da fotografia universal; Carlos Gomes, primeiro e único a levar histórias de nossos índios e negros aos palcos da Europa, por meio de suas óperas; Alexandre Levy, outro músico erudito, precursor no recolhimento de temas populares, especificamente o “Samba”, e perpetrando-os em partitura, isso em 1890... Que pena! Que descaso!... Cidade sem passado é cidade sem futuro. Não que Campinas vá desaparecer do mapa. Porém, conhecendo bem esse filme, que não é de ficção, mas de terror, vejo Campinas sendo transformada em mais uma daquelas cidades sem história, sem tradição, “sem alma”, anunciada pelos telejornais como “cidade-satélite” da megalópole São Paulo ou, o pior de todos os pesadelos: a transformação de Campinas numa espécie de “cidade-terminal ferroviário”.